Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 3 de 3
Filter
1.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 27(1): 243-252, jan. 2022.
Article in English | LILACS | ID: biblio-1356044

ABSTRACT

Abstract We analyze how the interactions between the trans population and the Chilean healthcare system shape specific processes of malaise associated with gender transition ("tránsito de género"). Adopting psychoanalytic and transfeminist conceptual approaches, as well as a biographical methodology, we examine autobiographical narratives of three trans subjects. We discuss three topics: childhood as a critical period for gender transition and malaise; the role of institutions; and the ways through which subjects manage malaise. We argue that trans subjects face specific sociocultural conditions that lead to unique processes of malaise associated with gender transition. We show how politicization and the construction of an institutional framework, bodily aesthetical modifications, and the self-administration of medical knowledge emerge as some of the paths to navigate the gender transition process. Besides, we foreground the notion of "transitioning" ("transicionar") by considering the criticism voiced by the participants. By using this notion, they interrogate the rigidity and psychopathologization of identity that is implicitly present in the notion of gender transition, as well as they enrich the transfeminist discourse in favor of their agency/autonomy.


Resumo Analisamos como as interações entre a população trans e o sistema de saúde chileno conformam processos específicos de mal-estar associados à transição de gênero ("tránsito de género"). Adotando abordagens conceituais psicanalíticas e transfeministas, bem como uma metodologia biográfica, examinamos narrativas autobiográficas de três sujeitos trans. Discutimos três tópicos: a infância como um período crítico para a transição e mal-estar de gênero; o papel das instituições; e as maneiras pelas quais os sujeitos lidam com o mal-estar. Argumentamos que sujeitos trans enfrentam condições socioculturais específicas que levam a processos únicos de mal-estar associados à transição de gênero. Mostramos como a politização e a construção de um arcabouço institucional, as modificações estéticas corporais e a autogestão do saber médico surgem como alguns dos caminhos para navegar o processo de transição de gênero. Além disso, colocamos em primeiro plano a noção de "transição" ("transicionar") considerando as críticas expressas pelos participantes. Ao utilizar essa noção, interrogam a rigidez e a psicopatologização da identidade que está implicitamente presente na noção de transição de gênero, bem como enriquecem o discurso transfeminista em favor de sua agência/autonomia.


Subject(s)
Humans , Child , Gender Identity , Health Services , Chile , Delivery of Health Care , Narration
2.
Psicol. ciênc. prof ; 40: 1-15, jan.-maio 2020.
Article in Portuguese | INDEXPSI, LILACS | ID: biblio-1140846

ABSTRACT

O processo de constituição psíquica é perpassado por discursos identificantes que modelam a imagem de si. Esse psiquismo é formado dentro de uma família pertencente a determinado grupo social. A partir da análise do conceito freudiano de mal-estar e do contrato narcísico de Aulagnier, investigamos as lógicas estabelecidas entre o sujeito e a conjuntura social. O reinvestimento narcísico pós-Édipo se pauta no Ideal-de-Eu construído a partir das interdições e dos ideais parentais e socioculturais. Discursos identificatórios hegemônicos, que ressaltam a normatividade nas identidades sexuais, de gênero, étnicas e etárias, constroem identificações marcadas pela exclusão. Pensar nos modos de identificação na contemporaneidade implica assumir que os elementos formadores dessa identidade provêm da história de vida e dos processos histórico-sociais. Neste artigo, analisamos o sofrimento sociopsíquico a partir da narrativa de uma participante de um projeto de pesquisa realizado em centro de atendimento psicológico de uma universidade pública. Foram realizadas entrevistas individuais, cuja escuta clínica nos propiciou compreender as implicações sociais e políticas do sofrimento psíquico do sujeito em desamparo social. Para tanto, nos apoiamos em conceitos da psicanálise e da análise do discurso crítica para a análise das entrevistas. Observamos que o processo de exclusão social escancara o engodo do pacto social no qual o sujeito é desinvestido e lançado no desamparo. Nesse contexto, a experiência narrada e a escuta analítica crítica podem se estabelecer como estratégias de resistência ante a exclusão social...(AU)


The psyche constitution is permeated by identifying discourses that shape the image of itself. This psyche is constituted within a family belonging to a specific social group. By analyzing the Freudian concept of malaise and Aulagnier's 'narcissistic contract', we investigate the logic between the subject and the social context. The narcissistic reinvestment after Oedipus happens according to the Ideal-of-Ego constructed from the parental and social interdictions, but also following ideational cultural and parental introjection. Hegemonic identificatory discourses that emphasize normativity in sexual, gender, ethnic and age identities construct identities marked by exclusion. Thinking about the modes of identification in contemporaneity implies assuming that the elements that form this identity come from the history of life and social-historical processes. We analyzed the socio-psychic suffering from listening to the narrative of a participant in a research project carried out in a psychological care center of a public university. Individual interviews were conducted whose clinical listening enabled us to understand the social and political implications that constitute the psychic suffering of the subject in social neglect. We rely on concepts of Psychoanalysis and Critical Discourse Analysis that provided us with subsidies for the analysis of interviews. We observe that the process of social exclusion has eluded the deception of the social pact in which the subject is disinvested and cast into helplessness. In this context, narrative experience and critical analytical listening can be established as strategies of resistance to social exclusion...(AU)


La constitución psíquica es atravesada por discursos identificadores que modelan la imagen de sí. Este psiquismo se constituye dentro de una familia perteneciente a cierto grupo social. A partir del análisis del concepto freudiano del malestar y del "contrato narcisista" de Aulagnier, analizamos las lógicas establecidas entre el sujeto y la coyuntura social. La reinversión narcisista después del Edipo se basa en el Ideal-de-Yo construido a partir de prohibiciones y ideales parentales y socioculturales. Los discursos identificatorios hegemónicos que resaltan la normatividad en las identidades sexuales, de género, étnicas y de edad construyen identificaciones marcadas por la exclusión. Pensar en los modos de identificación en la contemporaneidad implica asumir que los elementos formadores de esa identidad provienen de la historia de vida y de los procesos histórico-sociales. En este artículo, analizamos el sufrimiento sociopsíquico desde la escucha de la narrativa de una participante de un proyecto de investigación realizado en centro de atención psicológica de una universidad pública. Se realizaron entrevistas cuya escucha clínica nos propició comprender las implicaciones sociales y políticas que constituyen el sufrimiento psíquico del sujeto en desamparo social. Apoyamos en conceptos del Psicoanálisis y del Análisis del Discurso Critico para analizar las entrevistas. Observamos que el proceso de exclusión social desvela el engaño del pacto social en el cual el sujeto es desinvestido y lanzado en el desamparo. En ese contexto, la experiencia narrada y la escucha analítica crítica pueden establecerse como estrategias de resistencia ante la exclusión social...(AU)


Subject(s)
Humans , Male , Female , Psychoanalysis , Life , Narration , Dehumanization , Social Marginalization , History , Attention , Stress, Psychological , Family , Address , Ego , Social Construction of Ethnic Identity , Embarrassment , Gender Identity , Deception
3.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 22(11): 3733-3742, Nov. 2017.
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-890213

ABSTRACT

Resumo O artigo enfoca os aspectos intersubjetivos envolvidos na atenção à crise psicossocial de adolescentes, suas representações e desdobramentos. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, desenvolvida através da perspectiva psicossociológica, através da construção de narrativas de vidas de adolescentes que se tratam num Centro de Atenção Psicossocial para Crianças e Adolescentes (CAPSi). Baseamo-nos nas contribuições teóricas de René Kaës sobre aspectos grupais e culturais da crise, assim como sua relação com a adolescência. As narrativas de vida, construídas através de entrevistas em profundidade com adolescentes, parentes próximos dos mesmos e profissionais do CAPSi, apresentam a crise como "surpresa", violência e estranhamento, momento que precisa ser esquecido, negado, silenciado e medicalizado. Concluímos que a crise envolve forte sofrimento psíquico por parte do adolescente, pessoas próximas e também profissionais, o que coloca em questão as possibilidades e os limites do cuidado. Apontamos, assim, para a importância de espaços protegidos, na instituição e na rede de saúde, que possibilitem construção coletiva de novos sentidos, representações e destinos da crise, tanto por parte de usuários quanto de profissionais.


Abstract This article focuses on the inter-subjective aspects involved in the care of psychosocial crises of adolescents, their representations and developments. A qualitative research was developed from a psycho-sociological perspective by constructing life story narratives of adolescents treated at a Psychosocial Care Center for Children and Adolescents (CAPSi). It was based on the theoretical contributions of René Kaës on group and cultural aspects of the crisis, as well as its relation to adolescence. Life narratives, constructed through in-depth interviews with adolescents, close relatives, and CAPSi caretakers depict crisis as a "surprise", as violence and estrangement, an episode that must be forgotten, denied, silenced, and medicalized. We concluded that the crisis involves strong mental suffering for adolescents, for the people close to them, and for caretakers, which calls into question the possibilities and limits of care. We, therefore, highlight the importance of protected spaces in both the institution and the health network that would allow the collective construction of new meanings, representations and destinies of crisis, both by users and caretakers.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Adolescent , Caregivers/psychology , Crisis Intervention/methods , Mental Disorders/therapy , Mental Health Services/organization & administration , Brazil , Interviews as Topic , Qualitative Research , Mental Disorders/psychology
SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL